Há 60 anos, Lucio Costa propôs uma cidade em forma de avião. Em 16 de março de 1957, a banca responsável por escolher o plano arquitetônico de Brasília assinou o documento que autorizava a execução do projeto apresentado pelo arquiteto, que elevou seu nome a um dos sinônimos da capital federal. A proposta apresentada pelo urbanista desbancou 26 projetos.
Para celebrar a data, o Arquivo Público do Distrito Federal exibe a exposição gratuita “A cidade que inventei” na Câmara Legislativa até 30 de março. A mostra reúne painéis de 2,5 metros de largura por 1,3 metro de altura, e apresenta croquis, frases e desenhos do arquiteto, além de fotos da construção da cidade na década de 1950.
As imagens são acompanhadas de textos que detalham a trajetória de Lucio Costa e de Brasília. Ruas sem esquinas, “superquadras” e “tesourinhas” viraram história e colocaram o urbanista como uma das figuras precursoras da arquitetura modernista no Brasil.
Último concorrente a inscrever seu projeto – composto por 20 páginas datilografadas, Lucio Costa tinha apenas duas preocupações para a capital federal: que ela fosse monumental e habitacional, segundo apontou o diretor de Pesquisa, Difusão e Acesso do Arquivo Público, Elias Manoel da Silva, que também é curador da mostra.
Lançada, no ano passado, para comemorar os 31 anos do Arquivo Público, a exposição “A cidade que inventei” acaba de completar um ano. Em 2016, ela foi exposta em diversos pontos da cidade, como em estações de metrô e no espaço Lucio Costa, na Praça dos Três Poderes.
Fonte: G1